Carnaval é um bom "negócio"?

Na década de 1920, proliferou em Porto Alegre o número de foliões e folionas que se organizaram para sair às ruas e comemorar os dias consagrados a Momo: sociedades, blocos, cordões, grupos carnavalescos, todos queriam brincar! Bloco dos Fidalgos, Sociedade Carnavalesca Paladinos,  Bloco do Nhô, Bloco dos Tigres, Improvisados, Bloco Riograndense, Bloco dos Insetos, Pierrots Aristocráticos, só para citar alguns dos que que saíram no carnaval de 1921.

Tal animação despertou o interesse da revista Kodak, que logo tratou de investir no carnaval, fazendo a "adaptação da avenida do novo cais, a fim de que esse belo trecho do nosso litoral possa constituir um agradável ponto para o gozo dos melhores aspectos do carnaval deste ano. Além de elegante embandeiramento e farta iluminação, haverá localidades convenientemente dispostas em bancadas, camarotes, pavilhões, etc e dos quais de poderá assistir aos desfiles de todos os corsos, blocos, cordões, etc, naturalmente atraídos até aquele ponto pela maior comodidade e pela módica contribuição [...]" (A Federação, 03 de fevereiro de 1921). Note-se que na época não era de praxe o poder público investir na folia, quando muito providenciava iluminação pública na passagem dos grupos de carnavalescos! É...o vai e vem da história!