Quando Vargas caiu no samba


Bloco dos Náuticos, carnaval de 1942. Revisata do Globo.

Resumo: A presente dissertação analisou os carnavais de Porto Alegre ao longo das décadas de 1930 e 1940, momento em que os folguedos “populares” foram submetidos a um intenso processo de transformação em “ícones de brasilidade”. Entretanto, ver no carnaval apenas um “símbolo de identidade nacional”, como queriam os jornalistas e os poderes públicos naquelas décadas teria por conseqüência relegar a segundo plano as múltiplas formas de construção de identidades que se manifestavam durante os dias consagrados a Momo. Por isso, o trabalho buscou enfatizar a multiplicidade de sujeitos e modos de organização, a variedade de sentidos e a diversidade dos lugares da festa. Se os poderes constituídos e a imprensa adotaram uma postura civilizatória e nacionalizante frente ao carnaval e aos foliões, os diferentes grupos de festeiros fizeram usos próprios das festividades. Nesse sentido, a pesquisa procurou lançar luz sobre a construção de hierarquias e distinções, sobre as aproximações e distanciamentos, e sobre os conflitos e solidariedades estabelecidos entre os variados agrupamentos carnavalescos da cidade.


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